por Kelen Paiva

Será que surtei?! Será que existem falhas em minhasglândulas adrenais conduzindo meu "Eu Interior" pelas vias do estresse? Será que o mundorebarbativo e caótico que vivemos atuou de forma tão vigorosa em meu ser que agora me rendo a coisas sem pé nem cabeça?! Literalmente sem pé nem cabeça, aliás. Simplesmente uma bandeira!
Ah, normal! Eu já fui cúmplice em atropelamento de coelho gigante, dando volta no quarteirão para localizar o animal ferido e ainda me culpar por uma eventual alteração da páscoa... Ah, plim! Eu conversava com meu ursinho e criava várias histórias fantásticas sobre uma rede de TV e resgates incríveis usando uma estante de livros meus amados Playmobils. Talvez eu nunca tenha crescido e muito menos fechado o portal mágico de alguma área cerebral.
Já imagino até o que ela usa no seu dia a dia e como é na figura humana. Creio piamente que ela é um ser que usa uma burca colada no corpo. Usa um casaco bordado em noites de frio e uma galocha para enfrentar dias chuvosos.
Será que pertenço ao exército americano e por isso considero tanto assim essa personagem com mil fios?! É por isso que sou tão fiel e amistosa com essa bandeira?! Exército americano... Agora pensando nesta possibilidade me lembrei que tenho hábitos de ler a patente e nome de guardas que me param em blitz de trânsito ou que utilizo como agentes de informações sem compromisso. Será que essa mania é para ficar atenta a algum provável superior?!
Será que eu gosto tanto de Lost e Fringe por me identificar com seus mistérios e probabilidades não descartadas?!
Eu sou amiga de uma bandeira e não tenho a menor vergonha de afirmar isso. Zero de vergonha!
Não sei quem está por trás. Confesso que já questionei amigos e colegas para tentar saber quem está por trás daquela burca imaginária, mas que atualmente não o faço mais. Quero descobrir quem é para dar um abraço atoa e para tomar um caminhante ou cervejinha sem compromisso... Quero descobrir quem é mas devido a sua própria vontade e não por nada forçado.
Em alguns momentos eu reluto contra este fato... Dessa afeição toda. Acho um absurdo eu conversar e até confiar em um pedaço de pano virtual. E se for algum pulha que roubará minha senha do banco ou me sugar a mente até conseguir que eu crie uma religião para que ela seja minha redentora?!
Plim!
A questão é que aceito a amizade. Tendo caráter, humor e a probabilidade de nos conhecermos em breve, tá valendo. Acredito na amizade e espero não estar errada ou louca, porque é o mais importante, seja de onde vier.
FONTE: http://espacoponei.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário