terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ainda acredito no mesmo amor!

Por Karen Cardoso

Sempre acreditei que amores são passageiros ou que um amor cura o outro. Até me deparar com algo que simplesmente não tem substituição. Não que as pessoas somente amem uma vez, e que eu não possa ter outros romances, eu até tive (e tenho), entretanto nada aparece apagar o que eu apreciei um dia.

Por tantas vezes escutei: “Não seja boba, ele ta vivendo a vida dele, e você ainda se derretendo em declarações. Vai viver você também”. E eu fui, eu vou e sempre irei. Continuo amanhecendo todos os dias, indo trabalhar, estudar, farrear, fazer amigos, mudar. A minha vida não parou, muito menos tentei encerrá-la e acima de tudo eu não achei que ela perdeu o sentido, apenas mudou o foco.

Os anos passaram. Correndo, admito! E mesmo assim aquela máxima de que “o TEMPO cura” não valeu pra mim. Claro que com o tempo eu aprendi que lamentar, chorar e me trancar não resolveria a minha vida, não o traria de volta. Mas nada disso foi asfalto, nada disso tapou o buraco que ele deixou.

O mais engraçado é que não tenho feridas, não tenho tristeza. Sei que perguntarão: “Vocês nunca se desentenderam???” Sim, como nos desentendemos, como discutimos e como era bom ouvir aquele “não” que sempre me contrariava. Nem assim, nem com tantos gritos, xingamentos, maldizeres eu pude criar ódio, rancor, mágoa dele. Muito pelo contrário. Eu só pude perceber o quanto ser contrariada me fazia crescer, me deixava menos mimada, me fortalecia e mais que tudo, me APAIXONAVA.

Tudo começou tão novo, éramos tão jovens e eu sequer sabia o que era o Amor. Ah o Amor!!! Em uma aula de filosofia, escutei que somente depois que você casa, partilha as dívidas e as responsabilidades, quando você presencia todos os momentos felizes e ruins, é que você pode perceber o que é o Amor. Todavia discordo de tal afirmação. Não foi preciso juntar os trapinhos para acreditar que o sentimento que sempre nutri não era apenas uma paixãozinha de adolescente. Mesmo porque se fosse, assim que a adolescência tivesse ido, os meus sentidos direcionados a ele também teriam desaparecido, mas não. Eles permanecem, eu os sinto, por vezes adormecido, e outras tantas tão latente, tão reluzente e tão presente.

O que tornou tudo ainda mais especial foi a complexidade de nosso relacionamento, os momentos que as outras jamais terão. Para elas, a mesa já estava pronta, enquanto eu tive o prazer de montar junto com ele a ceia. Cada prato, cada talher, cada toalha foi feito, bordado e exposto com um amor que nenhuma poderá sequer imaginar.

Ninguém vai entender o que move esse meu sentimento e não os culparei, afinal nem eu mesmo sei o que ainda me determina, o que ainda me faz acreditar que todos são previsíveis e fracos demais ao ser comparados ao que eu sinto por ele.

Ainda estou respirando, ainda estou gostando de tantos outros, mas sei que se ele me olha, se ele sorrir, as minhas convicções, as minhas certezas e crenças desmoronam. “Se eu pensar, me entrego inteira pra razão e aí eu já não sinto, mas se eu sentir, me entrego pro meu coração. Eu me conheço. Eu pago o preço”.

Mais uma declaração, mais uma dor de cotovelo para descrever, mesmo assim eu continuo sonhando e imaginando que ao olhar pro altar, ele estará lá, com sorriso largo, e a gravata rosa. E a emoção que minará em meus olhos virá da certeza de que meu conto de fadas particular, em que o príncipe tem um corpo redondinho, a sobrancelha que parece que acabou de ser feita e desafina ao cantar, é real, ele existe.

Enfim, o fato é que passe o tempo que passar, seja lá o que esteja destinado a mim: “Sei (e sempre saberei) que não é fácil esquecer UM AMOR DE UMA VIDA”.



Todos os dias quando penso em nós, não lembro apenas de um casal que se amou, mas também de duas peças que se completavam. É como se fossemos destinados para sempre que viveríamos um COM o outro, mas não um PARA o outro. Não há nada nesse mundo que eu queira ou consiga esconder de você. Mesmo ouvindo suas broncas, seus ares de decepção, é com você que eu compartilho cada momento. Somos alma-gêmea como homem e mulher, somos anjos amigos. Brincamos de nos amar, sem entender que há um propósito muito maior em nossas vidas, além de amantes, o de sermos eternamente melhores amigos. Anos e quilômetros nos separam fisicamente, entretanto nossos corações e pensamentos continuam ali. Por algum tempo não entendi se isso era paixão ou obsessão, só que hoje percebi que é apenas o mais puro e completo amor. Você transcendeu em mim a barreira da paixão e se tornou o meu companheiro pra toda a vida, não só para compartilhar a mesma cama, mas acima de tudo para dividir uma história. Você se tornou o Homem da minha vida, se tornando referencia para todos os que viriam depois, o meu ideal de amor, mas nunca serão como você, pois além de cada um ter a sua essência, eles serão namorados ou marido e você é meu anjo imperfeito. Você é aquele que me faz rir, que me entende mesmo querendo me matar, me chama de irresponsável querendo rir das minhas experiências, que nunca vai ter uma palavra de carinho, mas vai falar a ferro e fogo quando eu estiver errada, você toca violão pra mim e me deixa participar da sua vida, você se afastou um pouco, mas não deixou que seus relacionamentos acabassem com o NÓS DOIS. Foi com você que eu aprendi a amar e quiça fazer amor. Eu vivi momentos incríveis ao seu lado e isso o torna a pessoa mais importante da minha vida e sempre vou me orgulhar de dizer: “Lucky I’m in Love with my Best friend”.

3 comentários:

Ewerton França disse...

triVou me iludir dizendo que esse texto foi p mim.
"Anos e quilômetros nos separam fisicamente, entretanto nossos corações e pensamentos continuam ali".

Lindo texto.

Anônimo disse...

Lindo o texto amiga. Eu sei pra quem é porque eu sou muito eficiente, você sabe rsrsrs

Unknown disse...

maravilhoso
e simplismente real
te adoro