terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ela é doida sim!

Por Karen Cardoso

Lembro-me quando entrei pela primeira vez naquela sala 123 do bloco A. Isso foi em agosto de 2009. Intimidei-me com aquela sala de segundo período tão grande. Logo o que me veio a cabeça foi: o que estou fazendo aqui com esses pseudoadultos??? Afinal já estava no 7º período, mas fui forçada a pagar matéria no 2º.

Como sou jornalista, analiso tudo que está em minha volta. Ahh! E também sou mulher, então analiso e logo falo mal (rs). Nem é assim, mas aquele grupinho que me chamou atenção, merecia umas alfinetadas: Marcela, Thainã e Ludimila. Meninas metidas, pelo amor de Deus, não dou conta de coisas assim não. Mal sabia eu que não teria que aturar esse tipo de gente só uma vez na semana. O semestre acabou, eu me livrei, temporariamente daquele povo.

Consegui um estágio na Serifa Comunicação Integrada, uma agência de assessoria de imprensa que atendia a várias empresas da cidade. Eis que encontro com quem nessa empresa??? Ludimila, que por lá era conhecida como Ludy (ecaaa!!!). Sim tive receio no começo. Não tinha boa impressão dela desde semestre passado, entretanto me deixei levar para conhecê-la melhor. E num é que ela acabou conquistando um cadim de mim? Mas é muito cadim mesmo viu?! =P

No começo, tínhamos o Lucas que nos separava (Graças a Deus, à la Zildo), mas ai com a saída dele e algumas mudanças de decoração na Serifa, fui obrigada a sentar lado a lado com a individua. Eu devo ter jogado pedra na Cruz. Certeza. O melhor é que não terei nenhuma dívida cármica, estou pagando tudo agora.

Aos poucos fomos ficando mais próximas, e as brigas foram ficando constantes. Comecei a pagar matéria na sala dela e pela proximidade do trabalho, resolvemos fazer os trabalhos juntas. Acho que isso não deu muito certo. As discussões ficaram mais acirradas. Era divertido. Todo dia uma bacia de roupa pra lavar e lavávamos até ficarem limpinhas. Nada de mancha pra atrapalhar a amizade.

Era briga por qualquer motivo: resposta atravessada, impressões de indiferença, o fato dela ser são paulina e eu cruzeirense, ela não me dar privacidade nem pra mexer no meu próprio computador, afinal ela fica o tempo todo esticando a cabecinha de girafa dela pra ler tudo que eu escrevo. Motivos pra eu desejar que ela morra, não faltam, porém eu gosto dessa companhia estapafúrdia dela.

Ela gosta de rock e eu até passei a curtir um cadim, ela tem all star e eu ganhei um pra fazer companhia. Ela vai pro festival sertanejo parecendo que vai pro Jambolada e mesmo assim faz mais sucesso que qualquer botinuda do pedaço. Ela é completamente fora dos padrões e é por isso que somos amigas. Sim, ela tem momentos completamente imaturos e que me irritam profundamente, que eu prefiro guardar pra mim, pois ela gosta de ser sincera, mas se irrita se alguém põe o dedo na ferida e lhe mostra a verdade dos fatos.

O fato é que a Ludimila Rodrigues, essa roqueirinha metida a valentona e fria, esconde muitas coisas que eu nem quero saber pra não me assustar, mas eu gosto dela!

P.S. Não posso esquecer que ela é uma companheirona de cachaça. Isso bebe que é uma desgraça kkkkkk

FIM

4 comentários:

Unknown disse...

huahuahuahuahua tadinha gente, ela sempre passa a primeira impressão errada! Eu que o diga né Ludy? kkkkkkkkkkkkkk Mas msm assim eu gosto tantão dela e entre brigas e patadas, sobrevivem todos! huahuahua

Ed Júnior disse...

Fiquei curioso para conhecê-la.

Ludimila Rodrigues disse...

(PARTE 1)

Quem diria, hem?! Quem diria que hoje, três anos depois de conhecer essa peça que se encaixou quase de primeira em minha vida, eu estaria aqui escrevendo palavras bonitinhas para ela?! Pois é, Karen Cardoso.. Você conquistou a minha amizade!

Muito te enrolei para responder essa sua publicação, mas o fato é que não desperdiço palavras. Se tenho que dizer algo, que seja verdadeiro! Por isso, minha cara amiga, hoje, mais do que nuca, posso lhe afirmar que há um sentimento muito verdadeiro por ti guardado em meu coração!

Foram tantas DR’s, tantas indiferenças, tantos olhares tortos, tantas discussões sem motivos. Tudo para enfatizar o desejo sórdido de nos abraçarmos sem pedirmos desculpas (claro! Jamais daria o braço a torcer!) e rirmos da palhaçada interpretada pelas duas! E olha.. Foram muuuuitas!

Lembro-me de quando você ia à minha casa ‘fazer trabalho’, ideia que nunca deu certo, visto que não fazíamos nada quando juntávamos em um mesmo ambiente com música, comida e bebida. Foi na sua primeira visita a minha humilde residência que eu fiz questão de tirar o meu dia para lhe ensinar toda a história do rock, que por sinal, valeu a pena. Agora entende a diferencia dos gêneros e subgêneros no rock and roll?!

Por falar em música, motivos não faltavam para implicar contigo, né?! Onde já se viu me chamar de velha por passar o dia todo escutando MPB, JAZZ e Bossa Nova?! Só porque eu costumava ter horário para merendar você tinha que ficar me chacoteando no serviço?! Sofri muito bulliyng contigo, Karen. Tenho pretextos de sobra para te processar!

Já que toquei no assunto ‘processo’, putz.. Como eu te detestava quando a conheci! Sem o perdão da palavra, puta que pariu! Você era muito irritante! Sem contar que insiste em assumir o quanto me achava metida quando estudou comigo no primeiro período de faculdade, sendo que eu nem se quer me recordo de você naquela sala! Viu só como você fazia diferença na minha vida?!

No inicio você conhecia todo mundo, era legal com todo mundo, adorava mandar beijinhos e abracinhos. Isso me tirava do sério! Eu detestava gente assim! Insistia em ser fria e grossa, mas no fundo a verdade é que você sempre conseguia me fazer dar aquela risadinha de canto de boca envergonhada por precisar de um ombro amigo. Obrigada! Me fez crescer e aprender que não adianta eu tentar esconder, gosto de carinho. O seu me faz muito bem!

Minha primeira confidente! A boca de sapo que sempre disse as coisas, eu nunca acreditei e adorava discordar, mas que após um tempo tudo aconteceu da forma que havia sido dito. “Você ainda vai sofrer muito por amor, Ludy. Anota o que estou te falando!”, “Você se finge de durona, só que no fundo é completamente apaixonada e morreria de amor se preciso!”, “Acho que você é ridícula por ter tanto medo assim. Uma hora ou outra a verdade vem à tona e nada vai acontecer, porque ele te ama!”, “Não deixe seu amor ir embora por conta do seu orgulho retardado, Ludimila. Você vai se arrepender!”. Por que eu não abaixei a cabeça pra você naquela época e pensei na hipótese de estar certa, jujuba de açaí?! Maldita boca de urucubaca você tem!

(CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO)

Ludimila Rodrigues disse...

(PARTE 2)

Foi contigo que me ‘abri’ emocionalmente pela primeira vez. Que confessei o meu primeiro amor. E era tão engraçado os apelidinhos que colocávamos. As conversas por MSN e SMS em códigos de gente idiota. Ah.. Por falar em idiota, lembrei de você me torrando o saco nas mesas dos restaurantes. Fazia questão de controlar minha comida de hepatite, minha quantidade exagerada de arroz de pedreiro em um prato fundo e me tomar o celular durante a refeição. Cara.. Como te aguentei por tanto tempo?!

Era legal o fato de trabalhar ao teu lado e gansar nas tuas conversas. De dizer ‘ecaaaa’ as tuas histórias de amor e ser obrigada a saber de todos os detalhes sobre os teus romances. Também era adorável te desejar um bom dia mega animado todas as manhãs em que eu acordava bem humorada e você me responder com patada e ignorância, me mandando morrer com aquele excesso de humor às 07h dos dias ensolarados. Grossa!

Minha companheira de boteco. Quase todos os dias batíamos o nosso ponto nos copos sujos perto do trabalho. Sem contar nos finais de semana, que decidíamos não nos ver porque eu já estava de saco cheio da sua cara. Sim! Convivia contigo mais que com as minhas cachorra, que são muito especiais em minha vida. Era trabalho, almoço, trabalho, faculdade, trabalho, jantar, trabalho, happy hour, boteco, ressaca, trabalho.. Affe! Agradeço aos anjos por permitirem que eu ocupasse a minha cabeça sonhando com coisas boas, não com você! Já pensou que tortura?!

Minha companheira de todas as horas. Sempre fomos como carne e unha. Uma ajudando a outra! Sinônimo de ‘Karen, eu te amo’ era você batendo de porta em porta em Caldas Novas suplicando shampoo doado de alguma moça legal para a minha pessoa chata que não consegue ficar um dia sem lavar o cabelo. Quem mandou você esquecer os meus em outro hotel?! Mesmo reclamando e me xingando, sempre fazia os meus gostos. Que gracinha! Mas eu também fazia os teus. Por ti fui obrigada a escutar bastante sertanejo. Pior que isso, a gostar UM POUCO de sertanejo! Que pagação de língua do caramba!

Enfim.. Enjoei de escrever! Não preciso ficar aqui enchendo linguiça para dizer que amo você, pois isso não se interpreta em palavras digitadas em um comentário de uma publicação no teu blog. O que sinto por você não é em português, inglês ou sei lá que porcaria de língua escrevo aqui para ‘engrandecer’ a frase, pois é algo que eu apenas sinto. De uma forma profunda e verdadeira!

Contigo não sei ser meiga, Karen, mas é porque gosto muito de você, e a vida me ensinou a apenas sentir. Ainda não aprendi a demonstrar. Espero que entenda! (Mentira! Eu sou extremamente meiga contigo nos escondidinhos dos chats e conversas via Skype e telefone móvel. Porém, as pessoas não podem saber. Caso contrário, perco a fama!)

Brincadeiras à parte, sou extremamente grata por fazer parte da minha vida, da minha história, da minha mudança. Obrigada pela amizade que me devota e pelo carinho que transborda em teu coração. Espero que esse laço entre nós duas cresça por mais anos e anos, até o dia em que eu for madura o suficiente para encarar os meus sentimentos e ser mulher formada na arte de ‘saber demonstrar’. Tenho certeza que ficarei bastante feliz caso possa exercer essa ‘profissão’ doce de saber demonstrar em público com a vossa senhoria! (Que puxação de saco!! Não esquece de trazer meus presentes de Dublin, belê?)

Então é isso, sabonete de coco queimado.. Te amo!

Beijo da Ludy, a garota que afirma com toda a certeza do mundo: “Pode contar comigo sempre, minha jovem cúmplice de companheirismo! Farei o possível para sempre estar ao teu lado, independente das ocasiões!”.

10/12/2012