terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para o Prefácio!!!

ARTIGO

Clark Kent, Super Homem ou os dois?

Karen Cardoso

Vendo filmes sobre jornalistas questionei até que ponto estar nessa profissão faz a pessoa ser um herói, um vilão ou simplesmente ser humano. E essa analise começa pelo homem de roupa azul com a capa vermelha. O super-homem escolheu ser jornalista para sua vida comum, mas será que de comum tem isso alguma coisa? Entendo que não. O porquê? Escreverei agora.


Durante os filmes e até mesmo nos programas de entretenimento, vemos festas glamourosas, e nelas a presença de Willian Bonner, Fátima Bernardes, Ana Paula Padrão, Paulo Henrique Amorim e tantos outros. Todos jornalistas, todos senhores de Bom dia e Boa noite da televisão brasileira. Bem vestidos, bem relacionados e muito bem pagos. Regra ou exceção? Na verdade por tudo que já vi durante meus estudos, entendo que seja uma bela e almejada exceção.


Não tiro o mérito de quem conseguiu estar no topo da cadeia alimentar jornalística, porém não posso deixar de mencionar aquele jornalista que acabou de sair da faculdade e ainda não conseguiu o seu lugar ao sol. Estágios são necessários, mas também são barra de passar. Sem contar que durante a faculdade o bloco de comunicação deve ser uma comunidade hippie, pois somos vistos como “alternativos” pelos senhores DR.


Entretanto as pessoas por muitas vezes não entendem que ao pôr os pés em uma redação é preciso ter estomago de aço para encarar as diversidades que se encontra. São páginas policiais sangrentas, é a miséria estampada no cotidiano, são tramóias explicitas no caderno de política até chegar nas futilidades agradáveis das celebridades. Isso seria “alternativo” ou uma pessoa “plural”?


É claro que não podemos esquecer que não é por mera coincidência que se denomina a imprensa como “Quarto Poder”. Temos a faca e o queijo na mão, o cortamos da maneira que quisermos, quando quisermos e pra quem quisermos. Fato? Nem sempre. Ainda somos manipulados pelo capitalismo, eis ai nossa Criptonita: o dinheiro. Então, teorias de comunicação caem bem nessa hora. Ai se tudo fosse apenas um espelho.


Muito mais que voar, ter visão de raio laser, parar caminhões com as próprias mãos, os jornalistas tem que enfrentar um inimigo por dia: são três empregos pra ganhar relativamente bem, são várias matérias para fazer, manter-se informado de tudo para não ser ultrapassado, jogar com palavras para ser entendido, ser bem articulado e relacionado, plantões nos finais de semana para não perder as notícias. Ser jornalista não é salvar o mundo, é apenas informar como tudo vai acontecer nesse salvamento, o antes, o durante e o depois.


Se alguém apontar para o céu e perguntar: “É um pássaro? É um avião?”, são se assuste se a resposta for: “Não. É apenas um jornalista em seu horário de folga”.

5 comentários:

MILTOXI disse...

Seu blog ta massa! Parabens para o editor dele (eu) rsssss
Mereço um ano de comentarios! Quaisquer alterações, so ajustar la no layout... fontes e cores... etc...

Limã☼ Analógic☼ disse...

k k k k ~

Caramba,muito bem escrito,
temática bem pensada.
É, seus anos na faculdade realmente valeram.

he he he

Abraço do Limão Analógico!

Cardoso K. disse...

Nossa.. obrigadinha Limão...
entao ainda estou na facul.. mas vou aprendendo =D
divulgue viu?!

Anônimo disse...

aah, gostei do texto, tinha que ser minha terapeuta *-* rsrs e gostei do novo visual do blog também, ficou massa.

Unknown disse...

Muito bom esse artigo! Infelizmente a profissão de jornalismo é, na maioria das vezes, gerida pelo capitalismo. Alguns dos jornalistas citados no artigo são manipulados. Por isso são bem pagos e possuem um patrimônio invejável.
Jornalista que relata a verdade não fica rico! Notícias têm que ser editadas para agradar este ou aquele! Espero que todos vocês, se forem jornalistas, sejam pobres de dinheiro, mas ricos de caráter.
Parabéns Karen!
Ps.: Tem um "são" no lugar de um "não" na penúltima linha de seu artigo.