Mais uma Aula e no fim Saudade

Não pude estar na aula da saudade dos meus ex colegas da Faculdade Seama, mas como sou totalmente intrometida, escrevi um texto e pedi para que a Ellen (também formanda) lesse durante o encontro. E agora estou postando aqui como forma de homenagear esses 3 que estiveram desde o primeiro semestre da faculdade até o último, esforçando para alcançar o diploma tão desejado. Sucesso para eles.

Layza Pereira, Ellen Moura e Walber Trindade

Bem Vindos a Aula da Saudade. E para tão solene momento, não poderia faltar o depoimento de quem já tem PhD nesse sentimento, Eu. Mudei-me tanto que cultivo a saudade de maneira natural em minha vida e hoje quero falar de uma saudade única, de uma saudade especial.
Em janeiro de 2007 me mudei para uma cidade que eu realmente não queria, fui para uma faculdade que não me atraia. Já no primeiro dia me senti um peixe fora d’água, onde as pessoas me olhavam e não falavam comigo. Como podia? Eu estava num curso de comunicação em que as pessoas não se comunicavam com a novata? Pronto realmente achei que eu estava num hospício. Até que chegou uma pessoa, da qual não falarei agora, e me deu um pouco de atenção. Quanta imaturidade a minha, entretanto por muito tempo passei com raiva daquele lugar, sem sequer me dar a oportunidade de conhecê-lo de fato.
Os períodos foram passando e algumas pessoas abandonaram o barco, enquanto novas embarcaram. Professores foram se revezando com o intuito de abrir a nossa mente para um horizonte novo, o mundo do Jornalismo.
Sei que por um bom tempo muitos me acharam uma pessoa esnobe e com ar de superioridade, e não discordo, pois nós do sudeste, mesmo que inconsciente, agimos dessa maneira. E até aproveito a oportunidade para pedir desculpas caso tenha ofendido alguém e também dizer: releve o pessoal aqui debaixo, nem sempre eles sabem o que fazem, aliás grande parte das vezes. =)
Voltando ao assunto, na Seama tive ensinamentos que guardarei para sempre, desde pesquisas em nos levaram a Serra do Navio e Pedra Branca do Amaparí, que me fizeram conhecer de perto todos os insetos e seus incríveis detalhes, me abriu a possibilidade de fazer estágios que hoje são completamente importantes para meus novos empregos e planos. Cada lição aprendida agradeço aos professores que se encontram nessa sala e também aqueles que estão espalhados pelo país.
Sem hipocrisia, nem tudo foram flores, e não foi com todo mundo que exalei simpatia. Mas sei que todos que passaram em minha vida nesse período me fizeram crescer de alguma maneira, então a eles meus infinitos “Obrigada”. Ah sem contar nos inúmeros trabalhos que com certeza eu enrolei, e que juntamente com a Ellen, utilizei de um poder de persuasão invejável e passamos lindamente em todas as matérias. Rs
Peço licença a todos para falar de 4 pessoas completamente especiais pra mim, não estou me desfazendo dos outros, mas esses são completamente insubstituíveis em minha vida, pois com eles aprendi que a faculdade de Jornalismo vai muito além da sala de aula e dos laboratórios. Primeiramente ao Aog Rocha que com seu jeito engraçado de falar, foi muito companheiro e me ensinou um “cadim” do que é o fundo infinito e também disputou comigo quem tirava melhores fotos macros de insetos. Depois ao Sílvio Carneiro, que foi meu professor apenas um período, mas durante todos os outros foi meu confidente, mestre, parceiraço mesmo, compartilhamos muitos gostos e por isso hoje tenho um amor incondicional por ele.
Em terceiro lugar (mas não nessa ordem, pois essas pessoas não têm colocação em meu coração) está aquele que desde o primeiro dia que o vi, achou q tinha intimidade, me chamando de Mineirinha e tentando arrancar minha rasteirinha. Ele que por tantas vezes me chamou de incompetente, mas me fez provar por A mais B todas as vezes que eu era capaz de tudo que ele tinha certeza que eu era, mas me implicava para eu poder ser mais. Se hoje sou apaixonada por fotografia devo isso a ele, que em suas aulas despertou em mim um mundo novo e encantado. Sei que ele ta pensando: “Nossa que gay isso”, porque eu conheço essa criatura. Mas Alexandre Brito, saiba que já foram 3 faculdades e nem assim eu encontrei um professor tão bom quanto você e um amigo tão desagradavelmente legal. Obrigada por tudo.
E por último, mas não menos importante, muito pelo contrário, vem aquela que foi a primeira a falar comigo, a mais tagarela, a mais inteligente, e a mais perua de todas as garotas amapaenses que eu já conheci. Uma companheira de todas as horas e que durante 2 anos e meio foi praticamente minha irmã siamesa ou como definiu o Silvio uma vez que perguntaram que era Ellen Moura: “O Brilho que anda junto com a Karen”. Afinal toda celebridade, como eu, tem que ter o seu Holofote kkkkkk. Brincadeira, ela é sim a pessoa que mais merece estar alcançando seus objetivos pois sem dúvidas foi minha melhor concorrente, como nos taxaram no segundo período. Amiga, morreram de inveja da gente, tentaram nos maldizer, e até mesmo nos aplaudiram. Hoje não posso estar ai para ver de perto sua conquista, mas sei que você jamais me decepcionaria. A mulher mais guerreira e barraqueira que já conheci em minha vida, mas uma jornalista nata, um grande talento. Meu equilíbrio, sorte e muito trabalho sempre, pois você merece o que de melhor o mundo tem para lhe oferecer e muito obrigada por tudo que foi, é e sei que ainda será em minha vida. Sinta-se completamente abraçada.
Aos formandos os meus cumprimentos e desejo de muito sucesso, pois nós já sabemos o quanto é árdua, mas gratificante essa nossa vida de jornalista.
A todos uma ótima tarde e espero que nessa aula da Saudade, tenha espaço para sentirem SAUDADE de mim.
Beijos

Karen Cardoso, a mineirinha de sotaque chato, mas que é apaixonada por açaí, camarão no bafo e pupunha (mas não o caroço viu gente...kkkkkk)