quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vergonha Alheia!

Por Karen Cardoso

Eu imaginei que em 15 julho de 2009 tinha sido a minha maior decepção com o Cruzeiro. Com todas as chances de ganhar, um elenco de dar inveja e decisão em casa. Praticamente jogo ganho, mas tudo na teoria apenas. Na hora do vamos ver o Estudiantes virou o jogo e acabou levando o título com o placar de 2 a 1. Lembro que eu viajava, ouvi o resultado, virei pro lado e dormi. Triste!

Entretanto, eis que me chega o dia 04 de maio de 2011. Jogo valendo vaga nas quartas de final na Libertadores. O time celeste vinha de uma sucessão de jogos impecável, 22 gols feitos e apenas 2 sofridos em um total de 6 partidas. Considerada a melhor campanha da competição até o momento. Adversário? O Once Caldas, clube da Colômbia.

O segundo jogo não começou bem, Cruzeiro com poucas chances de chegar ao gol e os ânimos se exaltando. Roger acabou errando desnecessariamente, sendo violento e, com razão, levando cartão vermelho. Menos um e o “trem” não tava fácil na Arena do Jacaré (Sete Lagoas).

No segundo tempo mais cabeça quente, e sangue. Isso mesmo, Henrique foi acertado no supercílio e começou a sangrar. O Carbonero (Once Caldas) foi expulso. Dez jogadores para cada lado e dois gols para os colombianos. “Zaga” fraca, erros bobos e o Cruzeiro vê a classificação, que estava nas mãos, sair correndo para o lado adversário.

Mas eis que surge a esperança, Gilberto faz o gol e o assistente Dario Gaona (peruano) afirma ser impedimento. Falha da arbitragem. Gol bonito e válido que poderia dar gás para a Raposa foi anulado. Nessa hora acabou para o time brasileiro.

Saímos do futebol e fomos para o boxe. Isso mesmo. A bola começou a sofrer, do tanto que apanhou de jogadores que não conseguiam dar um passe correto e acertar o gol. Até o jogador do Once Caldas perdeu um gol feito, tentando fazer bonito para encobrir o goleiro Fábio, que de todos é o mais inocente da história. E o nocaute ficou por conta do próprio técnico do Cruzeiro. Em uma atitude antidesportiva acertou uma cotovelada na boca de Rentería. Assinatura de um fracasso desnecessário.

Agora afirmo: a vergonha não é estar no auge e do nada perder. A vergonha é não saber jogar, perder a cabeça em momentos cruciais. Um técnico que perdeu a moral e os jogadores sem nada pra dizer. Jogo feio, de muitos golpes e uma campanha que acabou em alguns cortes no supercílio e na boca.

Por isso que digo com todas as letras: Não estou triste, estou decepcionada. Não pela derrota, mas pelas atitudes. Entretanto, como amor é algo que não se discute, e torcer não é questão de moda, é hora de erguer a cabeça, deixar a Libertadores para o Santos* e correr atrás do título mineiro. Primeiro confronto com o Galo está pra chegar.

Vamos que vamos Cruzeiro! Com raça, amor e competência. Pois futebol se ganha com gols e não com violência.

*Único clube brasileiro a permanecer na Taça Libertadores da América. Fluminense foi goleado pelo Libertad do Paraguai, Grêmio perdeu para o Universidad Católica do Chile e o Peñarol do Uruguai desclassificou o Internacional. O Santos enfrentará o Once Caldas nas quartas de final.

4 comentários:

Caroline Aleixo disse...

Massa a crítica, bom senso é tudo mesmo! rsrs

Que orgulho de você, marida. Só tenho mais uma coisa a dizer...

#ChupaCÚzeiro

=P

MILTOXI disse...

O que dizer? Um coração partido, mas tbm aliviado, pois estar na Libertadores é para poucos. Fábio segurou até onde pode, foi o melhor!
Mas enfim, foi uma vergonha não ter sido melhor, mas meu sangue ainda é azul...

Unknown disse...

Parabéns Carem. Adorei a crítica, muito bom. Beijoss
E domingo é nozes !

Ed Júnior disse...

Alguns pitacos ditos aí concordo e assino, outros acho que são cabeça quente.
Cruzeiro é honra, respeito, história e futebol. Modinha fica do outro lado da lagoa.