quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Parabéns Paracatu!

213 anos. Alguns vão dizer que são poucos em relação a chega dos portugueses ao Brasil, a formação do mundo, blá, blá, blá. Mas são 213 anos, e vividos pela cidade que não para, mesmo sendo tão pacata. E ela faz parte da minha vida. Minha querida Paracatu, o Rio Bom de um lugar melhor ainda pra mim.

Até os sete anos de idade, eu não sabia sequer que havia vida além de Araxá. E há 16 anos, quando ela ainda era uma senhora que nem havia completado seus 200 anos, fui obrigada a conhecer esse lugar, e descobrir que até Dona Beja lá do Araxá, já havia enfeitiçado muitos homens por essas bandas.

E a primeira lembrança que me veio à cabeça foi a da 7ª série no Afonso Arinos, em que eu tive que responder em uma questão de múltipla escolha, qual era o dia do aniversário da cidade. Putz, eu errei, só tinha dois meses que eu estava morando ali e naquela época eu não tinha a perspicácia de Jornalista que tenho hoje. Eu não iria perguntar a ninguém e muito menos colar. Mas esse fato me fez ser mais esperta e eu jamais esqueci o dia 20 de outubro.

Falar de Paracatu é tão fácil pra mim. Quantas cachoeiras, rios, acampamentos, carnavais, provas, choros, amigos não tive e fiz por lá? Entre idas e vindas, tantas mudanças minhas e também dela. Já não se tem a Barriguda, o primeiro filme que vi no cinema foi Titanic e o Hospital Municipal está reformado. Tantos casos, tantos amores, tanta vida respirando ali.

Foi ali, naquela cidade que pude sentir as minhas primeiras e maiores emoções. Senti medos, paixões, beijos e o crescimento latente em mim. E se me perguntam de onde sou, não penso duas vezes e respondo: de Paracatu. Sim, nasci em Araxá e não acho ruim, entretanto tudo que sou e tenho devo muito à Vila do Paracatu do Príncipe.

Outro fato importante? Meu primeiro emprego. E só podia ser aonde? Na TV Paracatu. E assim começou a minha saga pelo melhor jornalismo da minha vida, o meu. É notório o quanto devo a esse lugar e o “porquê” de me aborrecer tanto quando alguém fala mal de seu calor, de suas ruas de pedra, seus becos e sua essência.

Por tudo isso que eu só tenho a agradecer à cidade e ao seu povo que acolheram a minha família e a mim quando eu nem ao menos sabia a importância que é ser uma paracatuense. Porque falar manota é normal, não desfilar no 20 de outubro é decepcionante e amar Paracatu é um ato de gratidão.

Parabéns pelos 213 anos. E que os próximos 213 sejam ainda mais prósperos e significativos. Que vários tenham a chance que eu tive de estar em você e com aqueles que são seus filhos de nascimento ou consideração.


Um comentário:

Ed Júnior" disse...

Aoooooooooooooo Paracatu.
Que falta me faz essa terra. Parabéns pelo texto. :D